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REVISTA ABOIO
Críticas e crônicas sobre cinema e audiovisual publicadas mensalmente na Revista Aboio
Godard est mort
Godard nos ensina que o cinema, e sobretudo a montagem, não são uma síntese do mundo. O cinema de Godard é tudo menos sintético. É caótico, saturado, iconoclasta e contraditório. Tem a brilhante capacidade de não se levar totalmente a sério. De duvidar (e rir) de si mesmo.
"Eis os delírios do mundo conectado": quando Herzog encontra a internet
(…) penso que o filme consegue, minimamente, apresentar a visão de um sujeito relativamente distanciado de seu objeto, que o trata com o misto de ironia e desprezo, e simultaneamente um certo fascínio pelas consequências sociais e humanas da presença ubíqua da internet.
Viver magicamente: idolatria em “The Beatles: Get Back” e “Living in the Material World”
"... ser um fã dos Beatles é ser um idólatra na medida em que toda e qualquer imagem da banda não funciona como mera representação da realidade, de um fato e um tempo que foram, mas, inversamente, são vivenciadas como a própria realidade, como se a função mesma do mundo fosse refletir essas cenas".
(Ainda) precisamos falar sobre “True Detective”
"Rust ocupa a posição “desassossegada daquele que não dispõe de um eu, nem de familiaridade com o mundo”. E por ocupar essa posição (privilegiada?), radicalmente consciente de si mesmo e por isso desprovido de ego, ele sente a emergência da linguagem e torna-se capaz de dizer sobre essa condição".
Imagens possíveis de amores impossíveis: o cinema de Wong Kar-Wai
"A ordem do cinema clássico, que poderíamos resumir em “quais imagens eu preciso para contar essa história?” parece se inverter para “que tipo de história poderia estar por trás dessas imagens”? Na lógica do diretor são as imagens que vêm primeiro. O que lhe interessa não são as histórias de amores impossíveis, mas antes as imagens de amores impossíveis".
Justo Imagens
"A narrativa, o drama e a história importam. Mas importa tanto quanto que seja uma história contada num filme. É isso que Godard quer dizer com “não imagens justas, mas justo imagens”. Uma história que só pode ser contada, algo que só pode ser dito por meio do cinema".
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